abril 29, 2011
FOUCAULT, Michel, 1962-1984. História da Sexualidade 2; o uso dos prazeres/ Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.
Segue o Texto e as Instruções para uma das Campanhas virtuais Contra a Homofobia!

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.
Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.
Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.
E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.
Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.
Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?
Quero então compartilhar essa ideia com todos.
Sejamos gays.
Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY
Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:
1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY
2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com
3) E só
Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.
A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.
Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.
As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.
Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.
— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —
viaqui: http://projetoeusougay.wordpress.com/2011/04/12/sejamos-gays-juntos/
Vivemos esperando dias melhores!
BASTA! EU SOU GAY E QUERO VIVER EM PAZ!

Parada do Orgulho LGBT de SP 2011 será dia 26 de junho e já tem tema definido;

“Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! – 10 anos da Lei Estadual 10.948/01” é o tema da 15ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que será no dia 26 de junho, na Avenida Paulista. A maior parada gay do mundo comemora os 10 anos da lei que criminaliza a homofobia no estado de São Paulo e questiona os religiosos fundamentalistas que lutam contra os direitos dos homossexuais no país.
“A ideia é tocar no ponto das Igrejas de uma forma abrangente, universal. Ao dizermos “amai-vos uns aos outros” estamos protestando pela igualdade social entre todos os homens, com um apelo fraterno. Soma-se a isso a valorização e a prática dos direitos humanos”, explica Ideraldo Beltrame, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), entidade responsável pela organização do evento.
Para a escolha do tema, estiveram presentes membros da APOGLBT, representantes da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo e do programa federal Brasil Sem Homofobia. A reunião ocorreu entre o período da manhã e tarde do último sábado (5), na sede da entidade, e foram consideradas todas as demandas atuais discutidas pelas diversas instâncias da militância LGBT.
abril 28, 2011
ROMPENDO O SILÊNCIO: A INVISIBILIDADE SOCIAL A RESPEITO DA HOMOSSEXUALIDADE FEMININA
Roberta da Silva Macedo
Thais Rithielli Silva Vasconcelos
Esta pesquisa tem como objetivo abordar as questões da homossexualidade feminina, enfocando a existência dos preconceitos em nossa sociedade. Trata-se de analisar a produção da diferenciação entre a mulher homossexual e a feminilidade da mulher heterossexual. O presente estudo compreende uma revisão da bibliografia existente sobre gênero e sexualidade, buscando uma crítica da sujeição das mulheres que têm relações homoafetivas, contribuindo para o rompimento da fobia a homossexualidade. Entende-se aqui a heteronormatividade como componente da segregação cultural da mulher homossexual, bem como a divisão sexista que atribui apenas os papéis do masculino e do feminino dentro da sociedade brasileira, tratando como anormais os sujeitos que não se enquadram nestes papeis. Os padrões culturais do ocidente formam o contexto de análise dos conflitos gerados no campo da invisibilidade e da subordinação de gênero. Deste modo, busca-se analisar a emergência do movimento feminista na transformação das relações de gênero e debater os estudos de pesquisadoras e pesquisadores nesta área, como Branca Alves, Jacqueline Pitanguy, Guacira Louro, Rose Muraro e Manuel Motta.
Um pouco de mim, talvez de você, de nós.
Qual o preço da sua liberdade?