agosto 23, 2016
agosto 22, 2016
Força
Se tivéssemos acesso ao futuro, as coisas seriam tão fáceis, eu por exemplo, evitaria de estar com pessoas nos momentos que elas não estivessem bem comigo, evitaria aqueles momentos que elas se acham no direito de dizer coisas que "você já sabe que ela pensa e faz a seu respeito".
Tivemos uma proposta ótima para sairmos do aluguel e ficamos muito, muito esperançosas. Em contrapartida, recebi uma proposta da minha família ... ... ... Eu já deveria ter me acostumado a não criar expectativas neste último caso, eu sei, mas é que eu penso sempre que "sim, pode ser verdade" ... Mas, é aí, que eu quebro feio a cara, a cara não, minha saúde emocional mesmo. A cada um mês de visita a minha família, são 6 a 9 meses dentro de um consultório fazendo terapia, pra eu superar e não querer dar um fim do meu jeito :(
Eu as vezes, tenho muita vontade de entrar na justiça e pedir para tirar todos os vínculos dos meus documentos, pra tirar esse peso que sou eu, da vida dessas pessoas, pra que vivam em paz e me deixem viver também.
Preciso me conscientizar de tanta coisa "rotineira", que as vezes eu penso em me anular deste mundo, porque é tanta BOSTA que eu sou obrigada a ouvir:
- VOCÊ VAI FAZER COM QUE NOSSOS PAIS SE SEPAREM;
- VOCÊ VAI MATAR NOSSA MÃE;
- OLHA O SOFRIMENTO QUE VOCÊ CAUSA AO NOSSO PAI;
- SUA SITUAÇÃO VAI DESENVOLVER UM CÂNCER NA NOSSA MÃE;
- EU NÃO ACEITO, MAS, RESPEITO ... FAZER O QUE?
- VOCÊ PRECISA ENTENDER A GENTE TAMBÉM;
Gente eu fiz o blog para desabafo, mas, juro que pensei em algo diferente do que está sendo :'(
Engraçado que essas coisas são ditas, sem que eu tenha dito uma palavra, é simplesmente a vontade que essas pessoas tem de reafirmar o tempo todo para mim o que eu já sabia e sei sobre o que pensam e como agem a meu respeito, como eu disse anteriormente, sobre eles eu sabia perfeitamente como seria ...
Sai da casa dos meus pais aos 18 anos de idade e desde então, não voltei, eu não consigo entender porque diabos esse povo ainda acredita em ilusões, acredita que eu faça alguma coisa para atingi-los de alguma forma ... GENTE EU QUERO É VIVER, EM PAZ, COM AMOR, SAÚDE .... Eu faço de tudo pra me afastar, vou morar longe, em outro estado, cidade, bairro pra não ter que ouvir a merda de vida que vocês levam "por minha causa".
ENFIM,
Quando eu cheguei em casa, só tinha amor pra acolher minha dor e pra chorar comigo também, ainda que eu não quisesse que fosse assim ... É sempre ELA que está ali!
agosto 20, 2016
"Eu sou nuvem passageira que com o vento se vai"
Ai ... Tenho vivido dias muito tristes com Tainã, não conseguimos aceitar as coisas em SP e isso nos causa muita dor ...
Estamos sem dinheiro agora que já está quase no fim do mês rs então, decidimos ficar em casa juntas, namorando, curtindo nosso filhote, ouvindo música, tomando cachaça e curtindo nossas brisas, que por sinal são maravilhosas.
Conversamos com nossos amigos da Bahia e isso me emociona muito, pois a decisão de vir foi nossa, ninguém colocou uma arma na cabeça rs rs rs ... Eu só queria ter mais uma chance ... Só isso!
Estamos sem dinheiro agora que já está quase no fim do mês rs então, decidimos ficar em casa juntas, namorando, curtindo nosso filhote, ouvindo música, tomando cachaça e curtindo nossas brisas, que por sinal são maravilhosas.
Conversamos com nossos amigos da Bahia e isso me emociona muito, pois a decisão de vir foi nossa, ninguém colocou uma arma na cabeça rs rs rs ... Eu só queria ter mais uma chance ... Só isso!
agosto 19, 2016
(???)
Eu tenho muitos desabafos pra escrever, mas um em especial e toda vez que eu penso me dá um nó na garganta ... É sobre família!
Eu tenho um amor gigante pelos membros desta instituição (só uma observação rs), mas, eu nunca encontro respostas, pelo contrário, quando paro pra pensar o número de perguntas aumentam.
Eu não escondo que, antes de "me assumir", eu menti muitoooo pra minha família, talvez, nada justifique mentiras pra algumas pessoas, mas, eu não sou esse tipo de pessoa, AHAHAH e sim, houve motivos pra tantas mentiras, pra tantas coisas que foram ocultas.
Quando eu comecei a me envolver com mulheres, eu tinha entre 16/17 anos de idade eu desempenhava diversas atividades cristãs (na igreja católica), os meus pais eram/são extremamente fiéis aos ideais cristãos católicos (como castidade, proibição dos métodos contraceptivos, "homossexualidade" e etc), quando eu fiquei com a primeira mulher eu não conseguia aceitar o fato que eu havia me identificado muito com a experiência e que aquilo era tudo que eu realmente queria, eu só conseguia pensar que aquela situação iria contra tudo o que a igreja e os meus pais pregavam/acreditavam e seguiam, eu me perguntava: "Logo eu?".
Eu me condenei em silêncio por muito tempo, eu sabia que se dissesse aos meus pais e irmãos causaria o pior desastre que a minha família haveria de viver, a pior dor, a pior ferida, dentro do meu coração havia a certeza que se eu contasse talvez eu nunca mais os teria de volta.
Na realidade sobre eles eu sabia exatamente o que iria acontecer caso eu dissesse, eu só não conseguia compreender o que seria de mim, pois eu só pensava neles.
16, 17, 18 anos de idade ...
Meus pais descobriram da pior forma possível e eu paguei e ainda pago muito caro, por isso.
Depois deste episódio nunca mais fui olhada com amor pela minha mãe, minha vontade é dizer que, depois do ocorrido eu nunca mais tive o respeito, o amor da minha mãe, desde aquele momento eu só ficava sabendo por terceiros (que faziam questão de me deixar ciente de tudo), de coisas muito negativas que a minha mãe falava e sentia a meu respeito.
Eu experimentei o lado mais amargo da pessoa que mais amava no mundo e que no momento que mais fiquei perdida, não pode estar ao meu lado, talvez pela experiência de vida que teve (antes que me procurem pra julgar pelo que escrevo ... Sim ... Eu considero todo histórico de vida dos meus pais).
Eu nunca mais consegui recuperar o amor, o respeito, a confiança e a cumplicidade que havia entre eu e os meus pais ... Depois daquele dia eu sentia fielmente o desprezo, a vergonha daqueles que foram destinados para serem para sempre minha mãe e meu pai.
Meu pai ... por outro lado, foi se quebrando aos poucos e vencendo barreiras para estar perto de mim, frequentava as repúblicas que eu morava e decidiu contrariar minha mãe, me ajudando com a alimentação enquanto eu estudava (na UNEB), ia até as casas onde eu morava meio envergonhado coisa e tal, mas, estava ali, na realidade a minha experiência com meu pai foi complicada pela dor que ele e eu sentíamos, mas, não foi uma relação de tanto desprezo como foi com a minha mãe.
Em 2013, passei por um episódio de violência devido a minha orientação sexual (prometo que quando estiver mais preparada escrevo a respeito), e até hoje nunca me perguntaram sobre ... Mais uma vez, em meio a tantas, fui ignorada e tratada sem respeito nenhum pelas pessoas que pensei em pedir ajuda.
Eu tenho muita gratidão a todas as pessoas que encontrei naquela época, que me ajudaram, me direcionando aos órgãos responsáveis, para que eu pudesse recorrer aquela situação, me acolheram com uma palavra de carinho, compartilhando a situação, pessoas que de alguma forma disseram: - Meninas, vocês não estão sozinhas!
Como eu disse, vou escrever pra desabafar, muitas coisas hoje estão tomando outros rumos (diferentes dos que foram escritos aqui), mas, como disse no início deste texto, tenho muitas perguntas ...
As vezes eu e minha esposa pensamos em gerar/adotar a (o) nossa (o) filha (o), mas, a pergunta que sempre fazemos é: Será que estamos preparadas pra amar este ser humano em todas as situações que ele for destinado a vivenciar neste mundo?
Eu não entendo muita coisa ... Principalmente quando as pessoas chegavam pra me perguntar se eu não amava os meus pais, a minha família?
Pra dizer que: Eu estava matando os meus pais de desgosto!
Que aquilo não era eu! Rs
Que seria só uma fase!
Que eu me arrependeria do que estava fazendo os meus pais passarem!
Eu não entendo muita coisa ... muitas pessoas, muitas instituições ...
16, 17, 18 anos de idade!
agosto 18, 2016
SONHOS
Quando eu decidi criar o blog foi logo depois de começar a namorar com a minha atual companheira, em 2010. O ano que muita coisa mudou em nossas vidas e o ano que iria nos direcionar para mudanças, muito maiores.
Nos conhecemos na república da Universidade do Estado Bahia em 2008, onde eu fui para estudar e ela já estudava, logo quando cheguei na casa e olhei para aquela pessoinha de aparência frágil (porque ela bem magrinha, rs), e dócil, me derreti de amores, e pedi a Deus: - Quero muito ela pra mim! Alguns anos depois, olha o presentão que eu ganhei, rs.
Naquele mesmo ano, antes de conhecer minha companheira eu havia passado pelo trauma de me "assumir" pra minha família, e minha mãe me tirou de casa. Eu sou natural de São Paulo, mas, fui morar em Porto Seguro-BA, assim que entrei na pré adolescência com mais ou menos, 13 anos de idade. Quando eu sai da casa dos meus pais, eu estava com 18 anos de idade, havia trabalhado apenas no Mc Donald's e sai, com uma mão na frente e a outra atrás (literalmente). Tive que ganhar a vida dependendo de favores, mendigando um amor aqui, uma "dózinha" ali, uma empatia logo mais adiante e desde então, nunca mais retornei.
Passei uns dois meses de 2008 (acho que setembro e outubro) em SP, morando de favor na casa de parentes, até que meu pai soube que eu havia passado na Universidade do Estado Bahia, para estudar História, ele entendia o quanto aquilo significava pra mim, eu havia feito cursinho pré vestibular e me esforçado muito pra passar.
O cursinho ele não queria pagar, pois estávamos (eu, ele e minha mãe) passando uns apertos financeiros devido a construção da casa que estávamos erguendo em Porto e para o meu pai que trabalhou a vida toda como pedreiro e para a minha mãe que sempre foi do lar e da casa de famílias mundo afora, aquilo era dinheiro jogado fora, mas, consegui explicar, que aquilo faria com que eu passasse em uma universidade que eles e nem eu, iríamos precisar pagar 1 centavo, foi com este argumento que meus pais se interessaram pela proposta e me matricularam.
Voltei para a Bahia, mas, continuei morando de favor, na casa de um tio na cidade da universidade, meses depois eu consegui uma vaga na república da universidade e no mesmo dia, rs, eu levei minhas tralhinhas pra república, ali comecei a viver momentos que marcaram minha vida de uma forma tão positiva que ainda hoje não consegui superar a decisão que viria a ser tomada em 2012 :'(
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